As duas fontes renováveis responderam por 27% de toda a energia elétrica produzida no país em julho, mostra levantamento da consultoria Ember, do Reino Unido.
A informação é publicada por ClimaInfo, 24-08-2023.
ela primeira vez na história, as fontes eólicaesolar responderam por mais de um quarto da eletricidade produzida no Brasil. A informação foi divulgada pela consultoria inglesa Ember, em levantamento feito com base em dados públicos do Operador Nacional do Sistema (ONS).
De toda a energia elétrica gerada no país em julho, 27% foram oriundos das duas fontes renováveis. A energia eólica respondeu por 19% da eletricidade produzida, com 10 TWh. Já a fonte solar fotovoltaica produziu 4,1 TWh, correspondendo a 8% da produção elétrica total do país no mês passado, detalha o EnergiaHoje.
“O Brasil está agora entre os 25 países do mundo que atingiram a marca de um quarto de energia eólica e solar em um mês inteiro”, diz Nicolas Fulghum, analista de dados da Ember, em nota.
Segundo a organização, a taxa de crescimento das fontes eólica e solar no Brasil está ainda acima da média global, informa o Metrópoles. “Sua ambição está impulsionando o país rapidamente, com a taxa de crescimento anual de energia eólica e solar de 37% em julho, acima da média global. Houve uma mudança real na transição de energia limpa do Brasil, com o crescimento da energia eólica e solar neste ano duas vezes mais rápido do que em 2022”, diz Fulghum.
No acumulado do ano até julho, as fontes eólica e solar geraram 19% da eletricidade do país, ante 15% em 2022, destaca o Portal Solar. Em termos de comparação, nos sete primeiros meses de 2023 a geração elétrica à base de combustíveis fósseis respondeu por 6,9%, ante 8,9% do total gerado em igual período do ano passado.
Em tempo 1: O Brasil tem 1.011 projetos degeração de energia renovável que devem começar a operar até 2027, mas que não contam com garantia de escoamento de sua produção, aponta o g1. O problema surgiu com um decreto editado pelo governo anterior em 2021, que permitiu a instalação de projetos de geração sem um parecer para conexão da usina ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Assim, embora autorizados a operar pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), não têm contratos de uso do sistema de transmissão ou de distribuição que garantam sua conexão à rede. A maior parte dos pedidos é de usinas solares (37,9 GW), que devem começar a operar entre 2025 e 2027.
Em tempo 2: A geração distribuída solar fotovoltaica atingiu os 23 GW de potência instalada em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos no Brasil. São mais de 3 milhões de unidades consumidoras atendidas pela tecnologia, informam Estadão e Diário do Nordeste. O segmento residencial responde pela maior fatia de capacidade, com 11,3 GW e mais de 2 milhões de consumidores, seguido pelos setores comercial (6,4 GW), rural (3,3 GW) e industrial (1,6 GW) de capacidade instalada, detalha o Portal Solar.
Em tempo 3: “Projetos de energia precisam ser transparentes sobre impactos.” É o que diz o secretário-executivo daOrganização Latino-Americana de Energia (OLADE), Andrés Rebolledo. Em entrevista ao Diálogo Chino, Rebolledo dá um panorama sobre avanços e expectativas para a transição energética da região e avalia que todos os países latino-americanos estão comprometidos com a redução das emissões geradas pelo setor de energia. Para ele, a região tem uma oportunidade única na transição energética global.